Impossível deixar de notar a prática seletiva e excludente do judiciário brasileiro em demandas jurídicas que envolvam inquéritos de cunho político, principalmente quando envolvem o PT.
Que o Partido dos Trabalhadores cometeu erros em sua trajetória à frente da condução do país, isso é inegável.
Um partido que para chegar ao poder e vencer os pré-conceitos das elites, teve que construir alianças esdrúxulas ou Frankenstein a fim de garantir a governabilidade.
Porém, não se acautelou do fato que a sua forma de governar estava "sub judice" perante os grupos poderosos do país.
Bastou quebrar paradigmas históricos dos aquinhoados financeiramente em atenção aos esquecidos durante os 502 anos de História do Brasil, que esses grupos se sentiram ameaçados em seus oásis de privilégios e logo trataram de articular a retirada do partido do executivo federal, não necessariamente pela via direta do voto mas do golpe branco ou não.
As investigações da Polícia Federal levantaram várias ilicitudes na condução da máquina publica, escândalos com o DNA de vários partidos encontrado na cena dos crimes, contudo, o judiciário trata a questão como se o Brasil fosse uma democracia de um partido só e não multipartidário.
O judiciário não disfarça o seu partidarismo na condução das investigações e dos processos criminais - acoberta, arquiva, indefere processos contra partidos e amigos políticos sem nenhum constrangimento isso tudo com a parceria da grande mídia.
Grande mídia, essa, que serve de ribalta, de holofote para os falsos heróis togados ou não. Isso desde Joaquim Barbosa, o precursor do se manifestar primeiro diante das câmaras de tevê, flash de máquinas fotográficas e a caneta de um repórter, ao invés dos autos de um processo.
E quando se vai olhar o passado do falso herói paladino, vemos o seu rastro dentro do partido que faz oposição ferrenha ao PT - Não é mesmo juiz Sérgio Moro?
Como se diz em latim:
"Bona est lex si quis ea legitime utatur" ou "Boa é a lei se dela faz uso legitimo"
José Carvalho, Salvador, abril de 2015.
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