domingo, 27 de março de 2016

Aécio 2010: Lula é um fenômeno, um ícone.



É preciso em politica ter um raciocínio cognitivo a fim de fazer buscas em seu registo de memória sobre fatos de ontem que podem estar relacionados com os de hoje. Há 6 anos o lisérgico hoje senador narcotraficante Aécio Neves se referiu a Lula em entrevista a TV Veja como sendo um fenômeno, um ícone. E como sabemos um ícone, um fenômeno só pode ser destruído desconstruindo a sua reputação ou imagem e a Lava Jato a serviço do tucanato e não a serviço do Brasil ou do combate a corrupção cumpriu com este objetivo.

segunda-feira, 14 de março de 2016

INTIMIDAÇÃO E ESTADO EXCEÇÃO.

A polícia acabou de entrar na sede do Diretório Estadual do PT em São Paulo.
A viatura parou na porta da garagem. O tenente coronel entrou no saguão da entrada e ficava perguntando o que a gente iria fazer ali, se ia ter atividade e se iríamos fazer algum ato.
Nunca imaginei que chegaríamos à esse nível de quase ilegalidade do Partido dos Trabalhadores.
Mas que eles não se enganem, a resistência e a luta serão feitas do mesmo grau que tentam nos intimidar.
Não nos calarão! Não passarão!!
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O que era antes algo velado, imperceptível e camuflado se
escancara a olhos vistos para que toda a sociedade brasileira perceba que estamos vivendo, de fato, um estado de exceção no Brasil não só no Estado dos Bandeirantes - quem é bom de história sabe porque me refiro a São Paulo como o Estado dos Bandeirantes.
Ontem em Salvador vivemos algo muito parecido no que diz respeito ao sequestro do jornalista Takamoto.
É a direita, elitista, segregacionista e centralizadora de riquezas mostrando o seu caráter fascista.
José Carvalho, Salvador, março de 2016.

quarta-feira, 9 de março de 2016

ECONOMIA BRASILEIRA E A SOLUÇÃO CABRA-CEGA ECONÔMICA A ESPERA DE UM MILAGRE.

A economia brasileira que claudicava desde 2014 e com o anuncio das MP's 664 e 665 ao final daquele ano para economizar 1,2% do PIB e, assim,  reequilibrar as contas publicas  para cumprir metas do superávit primário para o pagamento dos juros da dívida pública se mostrou uma solução equivocada.

O tratamento ao invés de ter sido a solução para o déficit fiscal acabou  por agravar o problema - o freio agudo na economia trouxe desconfiança ao mercado e o grande número de recursos que foi contingenciado da economia fez o consumo interno cair abruptamente .

Com a queda vertiginosa do consumo interno a arrecadação fiscal também cai e por conseguinte se amplia o desequilíbrio das Contas Nacionais.

E  fechamos o ano de 2015 com inflação acima dos 9,46% e previsão de queda  do PIB em torno dos seus  3,6%.

Tem início o ano de 2016 e o governo reincide no mesmo erro ao anunciar  medidas econômicas escorchantes como o aumento de impostos, desinvestimento em programas sociais como o Minha Casa. Minha Vida, tirar incentivos do setor produtivo mas as medidas não serão insuficientes para cobrir as despesas correntes do governo orçada em quase R$1,211 trilhões frente a uma arrecadação fiscal prevista para 2016 em torno dos seus  R$1.180 trilhões.

Enquanto isso o governo tenta faz malabarismo econômico que envolve politica cambial de valorização do dólar  a fim de favorecer as exportações brasileiras e com a moeda americana em alta diminuir as importações e favorecer o consumo dos produtos nacionais -  os aumentos da taxa de juros Selic serviria para conter o descontrole do consumo interno e, assim, impedir o crescimento do espiral inflacionário.

Mas a elevação do dólar tem tido efeito colateral porque gera aumento no custo dos produtos e serviços internos e como consequência a elevação de preços retrai o consumo - um dilema de Hamlet.

Medidas econômicas que têm, até então, se mostrado ineficazes por provocar inflação de custos que aliada a  inflação estrutural pode levar o país  a uma situação de estagflação econômica.

O grande capital, os rentistas e os políticos a serviço dos interesses externos de corporações e governos exigem mais cortes nos investimentos e programas sociais.

Por outro lado a  grande mídia e os donos do grande capital querem, e exigem, uma solução pelos seus efeitos e não uma solução pela raiz do problema.

A raiz do problema é o assalto que é feito aos cofres do país com a exigências de se gerar o superávit primário a fim de renumerar os agiotas nacionais e transnacionais e a abordagem que a grande mídia hegemônica   tem dado ao problema é de escamotear  o cerne do desequilíbrio das  Contas Nacionais ao invés de tratar a questão visceralmente impõe seus sofismas aos brasileiros ocultando deles a verdade dos fatos, no caso, o pagamento dos juros da dívida publica federal.

Sobre este assunto, dívida pública, escrevi o artigo a seguir.

http://politicaeatualidades.blogspot.com/2015/03/divida-publica-exportacao-liquida-de.html?spref=fb

Mas auditar a dívida publica brasileira é praticamente impossível com a "Carta ao Povo Brasileiro" do ex-presidente Lula e uma cláusula pétrea nos contratos assumidos com os credores internos e externo durante os governos de FHC  impede a revisão dos contratos já assinados pelo Brasil em qualquer tempo.

Enquanto não vem uma solução de fora para dentro para resolver a nossa grave crise econômica  tal qual a China voltar a comprar nossas commodities aos volumes anteriores e a economia mundial voltar a crescer o jeito é o governo jogar o jogo da cabra-cega econômico para ver se consegue acertar alguma coisa às cegas.

Salvador, março de 2016.










terça-feira, 8 de março de 2016

MACARTHISMO ABSOLUTISTA E MEDIEVALISMO JURÍDICO A SALADA INDIGESTA CONTRA A DEMOCRACIA.

A OAB, Sindicatos dos Advogados, Sociedades de Advogados e todas as entidades ligadas aos operadores do Direito no país devem ou pelo menos, deveriam, se manisfestarem contra o Macarthismo absolutista e o Medievalismo jurídico praticados nas pessoas do juiz Sérgio Moro e do MPF que minam os direitos individuais e atentam contra o estado democrático de direito.

Nesta hora torna oportuno lembrar as palavras do ilustre jurista baiano Rui Barbosa, quando disse: 
"A pior ditadura é a ditadura do Poder Judiciário. Contra ela, não há a quem recorrer."

Acessem o link abaixo que trata deste assunto:

http://www.sul21.com.br/jornal/advogados-alertam-para-a-supressao-de-direitos-e-garantias-fundamentais-no-pais/ 

José Carvalho, Salvador, março de 2016.


PABLO VILLAÇA E AS VERDADES RELATIVAS

O texto abaixo é  de autoria do escritor Pablo Villaça, o seu teor é de uma clareza e profundidade excepcionais ao denunciar as contradições e as hipocrisias fascistas de pessoas, partidos e corporações e incriminar, também, as verdades relativas da grande mídia brasileira caracterizada pela perspectiva de mudança da verdade de acordo com seus interesses privados e particulares ao falar do tratamento ambíguo que a "Mãe de Todas As Manipulações" deu ao senador Delcídio do Amaral, da judicialização da política e com um tapa de luvas de pregos, digo, com luvas de pelica deu na cara da Luciana Genro com o seu pensamento de esquerda anacrônico, jurássico, dissociativo da realidade do Brasil e da América Latina e, principalmente, teórico e como disse  Friedrich Engeles:
"Um grama de ação vale mais do que uma tonelada de teoria"
E conclui o texto com uma brilhante frase:
"Há momentos nos quais fazer a História é mais importante do que comentá-la. Este é um deles."

Eis o texto a seguir:

Pablo Villaça é escritor, diretor, roteirista e crítico de cinema.
Aqueles que me acompanham há algum tempo sabem que frequentemente escrevo sobre a necessidade da serenidade na política. Inúmeras vezes falei que não era aceitável tratar oponentes políticos como inimigos. Salientei que o debate não se faz com violência.

Infelizmente, se sempre adotei esta postura de forma natural, sem qualquer esforço, nos últimos dias passei a ter que me obrigar a mantê-la. Se os acontecimentos de quinta/sexta-feira conseguiram algo, foi radicalizar até mesmo quem se orgulhava da moderação.

Na quinta-feira, uma delação não homologada (e que, mesmo se fosse, deveria ser sigilosa) foi publicada na IstoÉ. Enquanto o suposto delator se recusou a confirmá-la, o procurador-geral da república, que seria o responsável por fazê-la, foi mais enfático:  negou sua existência. Isto não impediu a Globo e suas cúmplices de transformarem a tal "delação" em destaque absoluto. Se Delcídio antes era retratado por elas como um sujeito sem escrúpulos, imediatamente sua palavra passou a ter peso de lei - não eram necessárias mais quaisquer provas; Delcídio havia afirmado e pronto. Até que, claro, ele se negou a confirmar a delação e voltou a ser sumariamente ignorado.

Já na sexta-feira de madrugada, por volta de duas da manhã, o editor da Época (ligada à Globo), que há muito já deixou de sequer simular qualquer objetividade jornalística, tuitou duas vezes sobre a ação da PF que só aconteceria horas depois. Uma ação que, de novo, deveria ser sigilosa, mas sobre a qual a imprensa já havia sido informada há dez dias (como comprovou a denúncia feita pelo blogueiro Eduardo Guimarães uma semana antes). Antes que a PF chegasse ao apartamento de Lula, um helicóptero da Globo sobrevoava seu apartamento e repórteres da Foxlha esperavam na porta. Já os ADVOGADOS do ex-presidente ainda não haviam sido notificados.

Mas o abuso maior estava por vir: sem ter sido sequer intimado previamente, Lula foi submetido à humilhação do depoimento coercitivo - um abuso tão grande de poder que até dois ministros do STF (um deles historicamente crítico à esquerda) condenaram a ação, bem como juristas respeitados e até mesmo (pasmem) um dos fundadores do PSDB, Bresser Pereira.

O abuso, claro, foi ignorado pela Globo e suas comparsas; o Jornal Nacional chegou a aumentar em meia hora sua duração para celebrar a ação. Já no sábado, quando a sede do PT foi atacada em Belo Horizonte, a Globo chamou de "protesto" o que era claramente um ato de violência - e quando algo similar aconteceu em outra capital, a emissora ENTREVISTOU os "manifestantes".

Por outro lado, quando manifestantes se posicionaram diante dos prédios da emissora neste domingo, foram chamados de "milícia" e os colunistas Merval e Noblat chegaram a convocar OS MILITARES pra combater a "turba".

Como manter a serenidade assim? Como tentar se manter ponderado quando passamos a viver em um país no qual a oposição agora, mesmo perdendo nas urnas, se vê no direito até de dizer quem pode ou não ser ministro? No qual a mídia escancarou de vez o objetivo de destruir toda a esquerda? No qual um juiz, "premiado" pela Globo e celebrado por tucanos, usa o poder judiciário para perseguir os inimigos políticos das corporações?

Um país no qual investigações e notícias são seletivas? A funcionária-fantasma de Serra já foi esquecida; os apartamentos no exterior e as remessas feitas por offshore por FHC não são mais discutidos; o helicóptero com 500kg de pasta-base virou anedota; o aeroporto construído na fazenda da família do senador é passado; o merendão tucano é só uma expressão sem significado; o cartel dos trens depende mais das ações da justiça suíça do que da brasileira; a sonegação bilionária de impostos da Globo virou apenas meme; a operação Zelotes decidiu que investigar a RBS (e a Globo) é bobagem; etc, etc, etc.

E é neste momento, quando apontamos a impunidade da direita e das corporações, que alguém invariavelmente diz: "Um erro não justifica o outro! TODOS devem ser investigados!" - uma das mais frequentes manifestações de cinismo vistas na rede. Sim, cinismo. Porque quem diz isso SABE que não, NÃO são todos que são investigados. É como um sujeito que, vendo o primo bater num vizinho todos os dias, diz que ninguém deve interferir na briga, pois o outro garoto também pode bater se quiser - mesmo sabendo que ele não tem condições semelhantes para lutar.

Esta lógica particular é a mesma que ocorre nas ofensas diárias na rede. Se critico a direita, sou "vendido"; se critico a esquerda, é porque "o boleto venceu", "a mesada foi suspensa", "a mortadela acabou", etc. Na mente desta neodireita, não há ideologia, há apenas jogo de interesse e recompensas financeiras - uma postura despolitizada, alienada, que encontra reflexos nos "argumentos" com os quais lotam as caixas de comentários: "Chola mais", "Fora PT", "Dilmanta", "o Brahma", "Pixulecos" e por aí afora. Detalhe: estas expressões não são apenas a introdução do que será um argumento, mas o argumento em si.

"Lá vem você falando de 'nós' e 'eles', de 'direita' e 'esquerda' de novo! O Lula está separando o Brasil! Vocês estão dividindo o país!" - é o "argumento" que vem a seguir. A Globo e seus asseclas, ao lado de um judiciário aparelhado pela direita, atacam a esquerda dia e noite, massacram qualquer figura que se destaque neste lado do espectro político, mas é a esquerda que está "dividindo" o país ao reagir. O que eles querem dizer é: "aceitem o que estamos fazendo. Se não aceitarem, dividirão o Brasil!". E então se enrolam na bandeira, cantam o hino nacional, enchem suas bios de palavras como "patriota", "amo meu país" e de outros sintomas do nacionalismo mais fascista enquanto espalham memes sobre como qualquer um que defenda esta ou aquela ideia, que critique este ou aquele partido, é "defensor de bandido", deve "ir pra Cuba" e - um que vi hoje - deve ser demitido do emprego, qualquer que seja este.

E o mais triste? Em vez de perceberem o que está acontecendo, setores da esquerda preferem ficar em cima do muro ou mesmo aproveitar a situação para atacarem antigos aliados. No dia da condução coercitiva de Lula, Luciana Genro soltou uma nota que é um primor de cinismo: em vez de denunciar o abuso, preferiu afirmar que "há muito Lula não é de esquerda".

E DAÍ, Luciana Genro? Vivo escrevendo que o governo Dilma e o PT não são de esquerda - e há pouco mais de dez dias escrevi um texto atacando pesadamente o governo por sua traição na questão do pré-sal que foi lido por mais de um milhão de pessoas e compartilhado algumas milhares de vezes. Mas uma coisa garanto: por mais decepcionante que PT e Dilma sejam, ainda são mais esquerdistas do que a Globo, o PSDB e as elites desejam. Bem mais. E se você acha que não, espere para ver o que os programas de inclusão social sofrerão nas mãos desse pessoal.

E o que Luciana Genro e semelhantes esperam com isso? Que a direita destrua o PT e Lula e, então, permita que o PSOL se torne o grande representante da esquerda brasileira? Mesmo?

A mídia e a direita escancararam a guerra; agora chegam a pedir ação dos militares contra aqueles que ousam desafiá-las. Não há mais "em cima do muro".

Há momentos nos quais fazer a História é mais importante do que comentá-la. Este é um deles.


segunda-feira, 7 de março de 2016

MAIS OPOSIÇÃO E MENOS BRASIL.

A militância petista tem combatido as investidas da direita a fim de encurtar o mandato da presidenta Dilma Rousseff e acaba se esquecendo que a substituição de Levy por Barbosa foi como efetuar uma  trocar de 6 por 1/2 duzia.

Porque nada mudou quanto aos fundamentos da política econômica do governo, a politica cambial para manter a alta do dólar com o proposito de tornar os  produtos brasileiros mais competitivos e fortalecer o consumo e o turismo interno e que aliada a altas taxas de juros Selic têm se mostrados ineficazes para o controle do espiral inflacionário e retomada do crescimento econômico.

Pelo contrário, junta-se uma inflação estrutural com uma inflação de custos a prole advinda desta junção é a estagflação, um fenômeno econômico temido por todos os economista do planeta.

A impressão que tenho é que o Planalto não sabe o que fazer diante de tão grave dilema e a conclusão que posso tirar  é que o governo espera por um milagre ou uma solução de fora para dentro.

É claro que a crise política tem engessado as ações do governo federal em busca de soluções mais realista para a crise econômica brasileira.

Falta aos políticos do Congresso Nacional o sentimento de nação, de identidade com o seu país e colocar seus interesses privados e particular em um plano menor que o projeto de nação - os políticos da oposição deixam transparecer que são filhos bastardos destituídos do sentimento de nacionalidade e agindo assim, quanto pior, melhor.

José Carvalho, Salvador, março de 2016.




domingo, 6 de março de 2016

PORTFÓLIO DE INVESTIMENTOS DO MULTIMILIONÁRIO GEORGE SOROS VAI ALÉM DA VALE DO RIO DOCE.

Há pouco tempo a ex-presidente Argentina Cristina Kirchner, fez um discurso político em que dizia que o problema das drogas não era os países produtores da América Latina como Peru, Bolívia, Colômbia ou Argentina mas seus financiadores.

Em seu discurso ainda no exercício do mandato ela fez a seguinte afirmação:

"Não sejamos hipócritas senhores!
Porque o quilo da cocaína sai dos países produtores a um custo entre US$1 mil ou US$2 mil e chega nos EUA e na Europa para ser vendida a um custo de até dez vezes mais"

Como isso Cristina Krichner quis dizer quem lucrava com o mercado das drogas eram seus financiadores e que América Latina era apenas o produtor do seu lucrativo negócio.

É mundialmente sabido que o multimilionário estadunidense George Soros é um árduo defensor da liberalização das drogas - todas elas.

Em uma entrevista concedida a imprensa do seu país ele dizia:

“Acho que a legalização da maconha está praticamente assegurada nos EUA. Já ocorreu em três Estados e deve irradiar para o restante do país.” 

E nos anos 90 a revista estadunidense E.I.R, Executive Intelligence Review, trazia em sua capa uma matéria em que acusava o magnata de ser o "magnata das drogas" o artigo gerou muita repercussão nos EUA e no mundo, exceto, no Brasil.

Talvez, porque neste período ocorria no Brasil a dilapidação do patrimônio nacional em uma manobra conhecida como a "Privataria Tucana" em que o megainvestidor entrou com quase 40% dos 41% que o capital estrangeiro detém das ações totais da companhia.

É interessante dizer que na época a Vale era tida como uma empresa insolvente, que dava prejuízos aos cofres da União (???) e por isso era melhor vendê-la  - difícil acreditar que a nação que possuí uma das maiores reservas de minério de ferro, titânio, tungstênio entre outros metais estratégicos possa ter a sua maior mineradora se tornado economicamente inviável , havia neste período uma forte campanha anti-Vale do Rio Doce tal qual ocorre hoje com a Petrobras, ipsis litteris.

A grande imprensa a mesma que ajudou a entregar o patrimônio nacional a preço de banana para o capital transnacional  alardeou o ano passado que o multimilionário havia se desfeito de "todas" suas ações na Petrobras orçadas em mais de R$24 bilhões - um recuo estratégico para trabalhar nos bastidores pelo desmonte da companhia petrolífera brasileira e depois retornar para o mercado de ações e comprá-la por um valor 30 vezes menor com fez com a Vale do Rio Doce.

Os problemas do Brasil vão além das crise econômica e política há uma forte ingerência dos interesses externos privados e de governos para se apropriarem das nossas riquezas e patrimônio - e para alcançar seus objetivos é preciso colocar no poder quem esteja alinhado aos interesses transnacionais e de agentes internos.

E a judicialização da politica via operação Lava Jato é um dos tentáculos para se alcançar este objetivo.

José Carvalho, Salvador, março de 2016.










quinta-feira, 3 de março de 2016

INFLAÇÃO ESTRUTURAL - O CASO BRASILEIRO.

Nenhum governo ou nação do mundo gera um centavo de riqueza na economia, todo recurso do Estado Nacional vem do setor produtivo da economia por meio dos impostos pagos pelos contribuintes. 

O governo brasileiro apesar de não gerar um centavo de riqueza na economia pode, sim, travar a geração de riquezas por parte do setor produtivo.

Isto ocorre quando o governo passa a gastar mais do que arrecada em impostos, o chamado déficit fiscal, que leva consequentemente a perda da capacidade de investimento econômico do governo via esforço para equilibrar as Contas Nacionais  -  e no caso brasileiro, os gastos públicos são a principal locomotiva para alavancar o crescimento econômico.

O governo ao perder a sua capacidade de investimento fez com que o Brasil deixasse de investir em sua infraestrutura - como portos, aeroportos, rodovias, energia,telecomunicação e saneamento.

Investimento em infraestrutura  impulsiona a economia e sem a aplicação de recursos neste setor ocorre a chamada inflação estrutural devido a  ineficiência dos serviços estruturais da economia.

Ou seja, entra novos consumidores no mercado - famílias, empresas e trabalhadores a chamada  economia real - mas a oferta de infraestrutura permanece rígida, não acompanha o crescimento da economia real. 

Contudo,  o tratamento posto em prática para conter o espiral inflacionário pelos ministros responsáveis pela área econômica do governo, Fazenda e Planejamento, foi o de inflação de 
demanda quando na verdade seria  o de Inflação estrutural que vinha crescendo a taxa de 3% ao ano nos últimos 8 anos, no mínimo.

Se não existe pressão do consumo sobre a capacidade instalada  por que, então, elevar a taxa Selic entre janeiro de 2015 a janeiro de 2016 em mais de 14%?

O governo embora não sinalize a intenção em aumentar a taxa Selic é fazer cumprir a meta inflacionária prevista para 2016 - antes 4,5% e a projetada para este ano supera os 6% - então, a intenção é dificultar o acesso ao crédito do consumidor e ao dinheiro novo e conseqüentemente a demanda. 

Um tratamento equivocado e um risco calculado, se a inflação não é de demanda mas estrutural por que aplicar um tratamento de politica econômica como se assim o fosse? 

Este tratamento errado pode levar o país há desastrosa condição de estagflação econômica cujas as consequências são o aumento do desemprego, do aumento contínuo e generalizado de preços e diminuição da capacidade do país em gerar riquezas.

Este texto não esgota o assunto - e nem era esta a minha intenção - alguns pontos deixaram de ser abordados aqui, porém, tem um tema que considero importante e não pode deixar de ser citado que é a nossa DPF, dívida publica federal, como uma das causas da nossa inflação estrutural e sobre este tema eu trato aqui em meu Blog Política & Atualidades - ver aqui:

http://politicaeatualidades.blogspot.com/2015/03/divida-publica-exportacao-liquida-de.html?spref=fb

Ou, fazer a busca no Blog com o título: "A solução para a nossa crise econômica passa pela coragem em auditar a nossa dívida publica" 

Salvador, março de 2016.