quinta-feira, 3 de março de 2016

INFLAÇÃO ESTRUTURAL - O CASO BRASILEIRO.

Nenhum governo ou nação do mundo gera um centavo de riqueza na economia, todo recurso do Estado Nacional vem do setor produtivo da economia por meio dos impostos pagos pelos contribuintes. 

O governo brasileiro apesar de não gerar um centavo de riqueza na economia pode, sim, travar a geração de riquezas por parte do setor produtivo.

Isto ocorre quando o governo passa a gastar mais do que arrecada em impostos, o chamado déficit fiscal, que leva consequentemente a perda da capacidade de investimento econômico do governo via esforço para equilibrar as Contas Nacionais  -  e no caso brasileiro, os gastos públicos são a principal locomotiva para alavancar o crescimento econômico.

O governo ao perder a sua capacidade de investimento fez com que o Brasil deixasse de investir em sua infraestrutura - como portos, aeroportos, rodovias, energia,telecomunicação e saneamento.

Investimento em infraestrutura  impulsiona a economia e sem a aplicação de recursos neste setor ocorre a chamada inflação estrutural devido a  ineficiência dos serviços estruturais da economia.

Ou seja, entra novos consumidores no mercado - famílias, empresas e trabalhadores a chamada  economia real - mas a oferta de infraestrutura permanece rígida, não acompanha o crescimento da economia real. 

Contudo,  o tratamento posto em prática para conter o espiral inflacionário pelos ministros responsáveis pela área econômica do governo, Fazenda e Planejamento, foi o de inflação de 
demanda quando na verdade seria  o de Inflação estrutural que vinha crescendo a taxa de 3% ao ano nos últimos 8 anos, no mínimo.

Se não existe pressão do consumo sobre a capacidade instalada  por que, então, elevar a taxa Selic entre janeiro de 2015 a janeiro de 2016 em mais de 14%?

O governo embora não sinalize a intenção em aumentar a taxa Selic é fazer cumprir a meta inflacionária prevista para 2016 - antes 4,5% e a projetada para este ano supera os 6% - então, a intenção é dificultar o acesso ao crédito do consumidor e ao dinheiro novo e conseqüentemente a demanda. 

Um tratamento equivocado e um risco calculado, se a inflação não é de demanda mas estrutural por que aplicar um tratamento de politica econômica como se assim o fosse? 

Este tratamento errado pode levar o país há desastrosa condição de estagflação econômica cujas as consequências são o aumento do desemprego, do aumento contínuo e generalizado de preços e diminuição da capacidade do país em gerar riquezas.

Este texto não esgota o assunto - e nem era esta a minha intenção - alguns pontos deixaram de ser abordados aqui, porém, tem um tema que considero importante e não pode deixar de ser citado que é a nossa DPF, dívida publica federal, como uma das causas da nossa inflação estrutural e sobre este tema eu trato aqui em meu Blog Política & Atualidades - ver aqui:

http://politicaeatualidades.blogspot.com/2015/03/divida-publica-exportacao-liquida-de.html?spref=fb

Ou, fazer a busca no Blog com o título: "A solução para a nossa crise econômica passa pela coragem em auditar a nossa dívida publica" 

Salvador, março de 2016.


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