Em seu discurso ainda no exercício do mandato ela fez a seguinte afirmação:
"Não sejamos hipócritas senhores!
Porque o quilo da cocaína sai dos países produtores a um custo entre US$1 mil ou US$2 mil e chega nos EUA e na Europa para ser vendida a um custo de até dez vezes mais"
Como isso Cristina Krichner quis dizer quem lucrava com o mercado das drogas eram seus financiadores e que América Latina era apenas o produtor do seu lucrativo negócio.
É mundialmente sabido que o multimilionário estadunidense George Soros é um árduo defensor da liberalização das drogas - todas elas.
Em uma entrevista concedida a imprensa do seu país ele dizia:
“Acho que a legalização da maconha está praticamente assegurada nos EUA. Já ocorreu em três Estados e deve irradiar para o restante do país.”
E nos anos 90 a revista estadunidense E.I.R, Executive Intelligence Review, trazia em sua capa uma matéria em que acusava o magnata de ser o "magnata das drogas" o artigo gerou muita repercussão nos EUA e no mundo, exceto, no Brasil.
Talvez, porque neste período ocorria no Brasil a dilapidação do patrimônio nacional em uma manobra conhecida como a "Privataria Tucana" em que o megainvestidor entrou com quase 40% dos 41% que o capital estrangeiro detém das ações totais da companhia.
É interessante dizer que na época a Vale era tida como uma empresa insolvente, que dava prejuízos aos cofres da União (???) e por isso era melhor vendê-la - difícil acreditar que a nação que possuí uma das maiores reservas de minério de ferro, titânio, tungstênio entre outros metais estratégicos possa ter a sua maior mineradora se tornado economicamente inviável , havia neste período uma forte campanha anti-Vale do Rio Doce tal qual ocorre hoje com a Petrobras, ipsis litteris.
A grande imprensa a mesma que ajudou a entregar o patrimônio nacional a preço de banana para o capital transnacional alardeou o ano passado que o multimilionário havia se desfeito de "todas" suas ações na Petrobras orçadas em mais de R$24 bilhões - um recuo estratégico para trabalhar nos bastidores pelo desmonte da companhia petrolífera brasileira e depois retornar para o mercado de ações e comprá-la por um valor 30 vezes menor com fez com a Vale do Rio Doce.
Os problemas do Brasil vão além das crise econômica e política há uma forte ingerência dos interesses externos privados e de governos para se apropriarem das nossas riquezas e patrimônio - e para alcançar seus objetivos é preciso colocar no poder quem esteja alinhado aos interesses transnacionais e de agentes internos.
E a judicialização da politica via operação Lava Jato é um dos tentáculos para se alcançar este objetivo.
José Carvalho, Salvador, março de 2016.
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