Ante a possibilidade da presidenta da republica não vir a se pronunciar na data comemorativa ao 1º de Maio, Dia do Trabalhador, muitas especulações têm sido feitas.
Há os que defendem o pensamento de que devido ao corte de verba publicitária do governo destinada aos meios de comunicação - como rádio e televisão - fizeram os donos da grande mídia nacional preterirem o discurso da primeira mandatária do país em rede nacional.
Contudo, a Constituição Federal em seu Capítulo V, Art. 223 diz que compete ao Poder Executivo outorgar concessões de rádio e televisão.
Sendo, assim, sempre que achar necessário o representante do executivo federal pode vir a publico para falar a nação em cadeia de rádio e televisão sem nenhum óbice legal por quem explora essas concessões publicas.
Outros alegam o receio de um ruidoso panelaço, justificativa totalmente sem sentido.
Outros alegam o receio de um ruidoso panelaço, justificativa totalmente sem sentido.
O que impede a presidenta Dilma Rousseff de se dirigir aos trabalhadores brasileiros no dia 1º de Maio é a falta do que ter o que falar.
As MP's 664 e 665 editadas no dia 30 de dezembro do ano passado comprometeram as relações da classe trabalhadora com o Planalto.
E a política fiscal contracionista posta em prática pelo Ministro da Fazenda Joaquim Levy traz em seu bojo o desemprego, a redução do consumo da classe trabalhadora, a redução de benefícios previdenciários, mudanças nas regras do Seguro do Desemprego, a recessão, a desconstrução dos avanços sociais - politicas que antipatizaram a relação Governo x Trabalhadores.
Se dirigir em rede nacional ao proletariado brasileiro para falar que vetará a PL 4.330/04 vai soar como casuísmo politico ou discurso demagógico.
Costumo dizer que a relação entre quem governa com o povo é baseado em um sentimento condicional e não incondicional, se a economia vai bem as famílias também vão bem e vai apoiar incondicionalmente quem estiver no poder, caso contrário, a insatisfação popular pode lhe tirar do poder.
A presidenta fará um grande favor aos trabalhadores brasileiros não se dirigindo a eles de mãos vazias neste dia 1º de Maio, querer provar que o quadrado é redondo a fim de justificar a política fiscal posta em prática pelo seu ministro da fazenda pode ser vista como ofensiva.
Sem assunto, sem discurso - simples assim.
José Carvalho, Salvador, abril de 2015.
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